terça-feira, 7 de maio de 2019

 

Very lights, pedradas no vidro e invasões várias.

Interrompemos a conversa sobre bola para falar de coisas que apenas marginalmente tocam na bola. Explicando melhor, para falar dos grunhos que usam a bola como forma de exteriorizar a sua grunhice e para mostrar ao mundo que o elo perdido da evolução entre os primatas inferiores e os primatas superiores ainda anda por aí e faz uma amiba parecer um ser evoluído.


Falo em meu nome quando digo que na hora de ver quem ganha o campeonato da troglodice há um empate técnico. É que este tipo de comportamentos em si só têm "pontos" para os animais dentro da jaula mental destes comportamentos. Para pessoas isto no fundo é um binário. Ou se é troglodita, ou não se é.

Claro que a minha intervenção vem a propósito dos dizeres pintados em carrinhas afectas a um clube que visitava a minha casa. Se o troglodismo me incomoda, aquele que é feito em meu nome incomoda-me muito mais e é esse que gera conflitos entre a parte racional e animal do meu cérebro.

Se formos francos vemos que o troglodismo não tem cor clubística. Ele é um buraco negro de razão; um túnel de vento entre duas orelhas; algo que deveria envergonhar todos quantos o validam. Quer os que usam esses rinocerontes como guarda-pretoriana, assassinos a soldo ou pombos correio.

A verdade é que os grunhos que infectam os recintos desportivos em Portugal nem num campeonato prisional deveriam poder participar, quanto mais andarem em liberdade! O que me leva a perguntar porque há tanta gente que se esconde atrás de uma lei de "grupos de adeptos organizados" como forma de ignorar a necessidade de uma "lei de segurança em recintos desportivos" que proteja todos os adeptos, e meios para a aplicar.

Eu sei onde estava quando em Maio de 1996 um adepto morreu num Estádio, num jogo com transmissão em directo na televisão, e em que a realização não se coibiu de mostrar as imagens do corpo do adepto com o projéctil fumegante. E sei que, apesar do culpado ter sido preso (várias vezes diga-se de passagem), nada foi feito. Ninguém ousa criar recintos desportivos onde eu sinta que vou ver um espectáculo e não participar numa Battle Royale.

E se tudo é fruto da mesma árvore, não se misturem coisas. Como foi dito num blog benfiquista, confundir Rui Mendes (o adepto assassinado) com o Italiano da Segunda Circular, é confundir a Estrada da Beira com a beira da estrada. Não sei o que gostam de fazer de manhã, mas em ano de eleições eu gosto de ver quem é que trabalha para que os Ruis Mendes da vida, nos quais me incluo, possam ir a recintos desportivos sem temer pela vida. E isso implica que não se encoraja e gaba o turismo de troglodismo.

Fui um bocado repetitivo e acabei por não dizer nada? Se calhar fui, são 23 anos de espera... E se não disse nada calha bem. É que estes animais também não trazem nada ao jogo.
Partilha noutros estaleiros:

16 comentários:

  1. Portanto, um homicídio (do Rui Mendes) é diferente de um homicídio (Marco Ficini)...
    A escola Orelhas tem sucessores, i que é que ele andava ali a fazer aquela hora, né?
    Esquecem os revisionistas que a confusão começou em Alvalade, com uma incursão de elementos afectos aos grupos de adeptos organizados do SLB, que lá foram vandalizar e arremessar... very lights.
    No pasa nada, o assassino (que o escritor aqui atenua) até anda à solta e tudo.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Agrava que o primeiro caso até poderia, no limite, ser considerado um homicídio involuntário (o que na minha opinião não atenua a gravidade do acto de arremessar sucessivos very-lights na direcção de uma bancada pejada de pessoas).
      Já o 2.º caso do atropelamento de involuntário nada teve.
      E veja-se as odes feitas e a desculpabilização recorrentw, com cânticos, pinturas e alusões várias a exaltar esses acontecimentos que passam impunes a castigos nos estádios e pavilhões e que a direcção do clube do regime corrupto instituído desvaloriza com complacência chamando-lhe "folclore".
      Graças a Deus não sou desse clube.

      Eliminar
    2. Entretanto estão detidos faz quase um ano os "terroristas" da Academia Sporting - que não mataram ninguém, como costuma acontecer nos casos de verdadeiro terrorismo - mas esses não podem dormir em casa ou sair à rua. Antes andassem a atropelar os benfiquistas que fossem dar uma voltinha ao Estádio José Alvalade, não, segundo a sua lógica teriam atenuante? Seria só folclore, e sempre podiam ir tomar café e comprar cigarros, ou quem sabe ir à bola ou ao cinema.

      Eliminar
    3. Já agora, não sei que fuso horário é o do vosso blogue, é mais outra coisa que podiam acertar.

      Eliminar
    4. O assassino do very-light até esteve preso (penso que a pena foi de 5 aninhos por matar um ser humano e desfeitear uma família), mas ele até andou fugido durante um longo período, a passear e a ir ver os jogos do seu clube, como se nada fosse, sendo detido posteriormente para cumprir o resto da pena. Até hoje nenhuma indemnização por parte da FPF, do Estado Lampiónico ou sequer um lamento do clube do regime... foi um dia como outro qualquer, onde nem o jogo foram capazes de interromper.

      Eliminar
    5. Começando pelo fuso horário, temos vários que isto é um estaleiro global. A pergunta está relacionada com os horários dos posts, ou há alguma coisa que nos está a escapar.

      Quanto ao resto, o pulha do very light fez isso tudo. E até me esqueci de dizer que esteve várias vezes presos pelo mesmo crime, devido às sucessivas fugas que "engendrou".

      Rui Mendes foi um adepto que foi a um estádio para ver um jogo e acabou assassinado. E pouco me importa se foi homícidio voluntário ou involuntário. Rui Mendes não era um membro de um clube de trogloditas que combinou com outro clube de trogloditas fazer troglodismos. Rui Mendes é o símbolo do que não se faz no Desporto em Portugal.

      Não sou de me imuscuir na casa dos outros, mas para se ser terrorista não é preciso matar ninguém, simplesmente induzir um estado de terror. Nesse sentido todas as claques são inerentemente terroristas.

      Se é verdade que nenhuma entidade em Portugal, do Benfica ou dos Clubes dos Regimes, até à FPF, fez nada que honrasse a memória de Rui Mendes, não menos verdade é que noutros níveis da sociedade civil ninguém exige que algo se faça. Nem ninguém se mexe. A minha luta é por poder ir ao Estádio fazer a festa. E que os grunhos não.

      Eliminar
    6. E para concluir, que é feito dos "terroristas" que atacaram o centro de estágio do Vitória Sport Clube (Guimarães)? O estado não mexeu uma palha para os identificar, deter e julgar, e segundo o treinador Pedro Martins e o presidente os eventos foram tão ou mais violentos que os ocorridos posteriormente na Academia Sporting, não tiveram foi nem um centésimo da amplificação na comunicação social.
      Talvez não servisse à narrativa das "autoridades" como serviu o que se passou em Alcochete.
      Num caso foram hooligans desconhecidos, "já está já está", no outro foram malvados terroristas que estão detidos sem julgamento faz quase um ano.
      Se não fosse tão evidente a manipulação política e mafiosa da justiça em Portugal, ao nível de um país de 3.o mundo nas mãos de uma clique sem escrúpulos e de caciques criminosos, eu ainda daria o benefício da dúvida aos ingénuos.

      Eliminar
    7. O mesmo para os adeptos que vandalizaram o hotel onde estavam adeptos do Ajax, lembra-se? Está filmado, em plena via pública, cadeiras e mesas a voar, agressões e vandalismo descontrolado, sem qualquer tentativa de identificar, deter, julgar e punir os autores.
      Terroristas? Não, grupos de adeptos/sócios organizados.
      Contem-me histórias daquilo que eu não vi, até a Secretaria de Estado do Desporto e da juventude metia os processos na gaveta em stand by.
      E as toupeiras do Citius, o juiz desembargador Rui Rangel, a porta 18.
      Realmente o seu clube é um exemplo e o referencial da moral e bons costumes a dar aos portugueses e ao mundo.
      Cumprimentos

      Eliminar
    8. Vou assumir que a rantzinha do dia já acabou. Cometi o erro de interromper a meio, pior foi entanto pensar que podia usar frases com múltiplas orações para comunicar. Uma falha imperdoável da minha parte, mas vou tentar remendar a coisa.

      Membros de claques serem maus. Todas as claques serem más. No hooliganismo não há clubismo.

      Posso tentar recorrer ao imaginário de Lascaux ou de Foz Côa para explicar em linguagem ainda mais acessível.

      Eliminar
    9. Não faça mais figuras tristes, ou o problema é apenas a apologia do homicídio de um, relativizando o homicídio e a sua apologia de outra pessoa (mesmo que não estivesse, digamos, no local certo).
      Energúmenos serão sempre energúmenos, mas assassinos serão sempre assassinos.
      Os do seu clube com o alto patrocínio do 1.o ministro do Estado Lampiónico, e a passearem à solta.
      Olha agora, a querer desculpar assassinos...

      Eliminar
  2. Só há uma entidade a querer desculpar comportamentos socialmente inaceitáveis nesta discussão, é verde e caracteriza-se por esmagar e não pensar. Se não sabe ler, no sentido de interpretar um texto, recomendo que volte à escola. Ou não falhe as aulas de Português, caso ande a faltar.

    Se desejar continuar a conversa, é chamar o Doutor Bruce Banner Verde, porque a comida para troll acaba com este comentário.

    ResponderEliminar
  3. Consciência pesada por atenuar assassinatos qualificados em 1.o grau? Deixe-se de números e vá ao psiquiatra.
    Assim já sabemos um pouco melhor porque princípios se rege, e como gosta de dar cambalhotas e fazer acrobacias para desviar atenção e disfarçar.

    ResponderEliminar
  4. Fica aqui para não ficar na ignorância e não parecer um energúmeno que incita a matar pessoas, ou pelo menos desculpabiliza ou relativiza:

    https://dre.pt/web/guest/legislacao-consolidada/-/lc/107981223/201708230200/73474029/diploma/indice

    Artigo 132.o

    Homicídio qualificado

    1 - Se a morte for produzida em circunstâncias que revelem especial censurabilidade ou perversidade, o agente é punido com pena de prisão de 12 a 25 anos.
    2 - É susceptível de revelar a especial censurabilidade ou perversidade a que se refere o número anterior, entre outras, a circunstância de o agente:
    a) Ser descendente ou ascendente, adoptado ou adoptante, da vítima;
    b) Praticar o facto contra cônjuge, ex-cônjuge, pessoa de outro ou do mesmo sexo com quem o agente mantenha ou tenha mantido uma relação análoga à dos cônjuges, ainda que sem coabitação, ou contra progenitor de descendente comum em 1.º grau;
    c) Praticar o facto contra pessoa particularmente indefesa, em razão de idade, deficiência, doença ou gravidez;
    d) Empregar tortura ou acto de crueldade para aumentar o sofrimento da vítima;
    e) Ser determinado por avidez, pelo prazer de matar ou de causar sofrimento, para excitação ou para satisfação do instinto sexual ou por qualquer motivo torpe ou fútil;
    f) Ser determinado por ódio racial, religioso, político ou gerado pela cor, origem étnica ou nacional, pelo sexo, pela orientação sexual ou pela identidade de género da vítima;
    g) Ter em vista preparar, facilitar, executar ou encobrir um outro crime, facilitar a fuga ou assegurar a impunidade do agente de um crime;
    h) Praticar o facto juntamente com, pelo menos, mais duas pessoas ou utilizar meio particularmente perigoso ou que se traduza na prática de crime de perigo comum;
    i) Utilizar veneno ou qualquer outro meio insidioso;
    j) Agir com frieza de ânimo, com reflexão sobre os meios empregados ou ter persistido na intenção de matar por mais de vinte e quatro horas;
    l) Praticar o facto contra membro de órgão de soberania, do Conselho de Estado, Representante da República, magistrado, membro de órgão do governo próprio das regiões autónomas, Provedor de Justiça, membro de órgão das autarquias locais ou de serviço ou organismo que exerça autoridade pública, comandante de força pública, jurado, testemunha, advogado, solicitador, agente de execução, administrador judicial, todos os que exerçam funções no âmbito de procedimentos de resolução extrajudicial de conflitos, agente das forças ou serviços de segurança, funcionário público, civil ou militar, agente de força pública ou cidadão encarregado de serviço público, docente, examinador ou membro de comunidade escolar, ou ministro de culto religioso, juiz ou árbitro desportivo sob a jurisdição das federações desportivas, no exercício das suas funções ou por causa delas;
    m) Ser funcionário e praticar o facto com grave abuso de autoridade.

    ResponderEliminar
  5. Algo que o senhor "Robocop" ou Rouba-o-copo também devia ler para se instruir e não escrever/dizer disparates:

    https://conceitos.com/assassinato-primeiro-segundo-terceiro-grau/

    "(...)
    O primeiro grau
    Um assassinato recebe normalmente esta classificação quando sabe com certeza que seu comportamento resultará na morte de uma pessoa. Por este motivo, considera-se que o assassinato é premeditado, ou seja, alguém tem a intenção de matar e age com plena consciência disso.
    (...)"

    Mas leia tudo, pode ser que aprenda alguma coisa.

    ResponderEliminar
  6. A não ser que passar e repassar com o Opel Corsa da mulher por cima de alguém (é só realmente informar-se sobre o que se passou em vez de se dedicar à ignorância e ao revisionismo) seja tolerável para dar um "pequeno aviso" a um qualquer turista troglodita.
    Passe bem, mas instrua-se.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Foi um Renault Clio, e não Opel Corsa como erradamente referi.

      https://www.google.com/amp/s/www.sabado.pt/portugal/amp/o-que-se-sabe-sobre-o-caso-do-adepto-morto-na-luz

      Eliminar