Parece que os jogadores do SLB sentem mais dificuldades a jogar na Luz do que fora de casa... se calhar está na altura de repensarmos os recursos às condenações de jogos à porta fechada.
via A Mão de Vata.
Nada melhor para se falar do fim de semana do futebol benfiquista do que essa tirada do Mão de Vata. (Como assim concordância? Vocês acham que estamos cá para isso?) Antes de ler o Cadomblé do Vata deste fim de semana, a abertura desta prosa ia-se centrar nas bonitas homenagens que a equipa do Benfica tem andado a fazer semana sim, semana sim.
Quem anda a equipa a homenagear? Ora, o antecessor de Lage, como é evidente! Quando se vê Lage a entrar com Samatino, o duplo pivot composto por Samaris e Florentino, sabe-se que criar naquela zona do terreno (já) não é uma prioridade. Quando se vê a equipa que ainda há não muito tempo mal deixava os adversários sairem do seu meio campo, a oferecer todo o meio campo adversário, então sabemos que ter bola (já) não é uma prioridade. No fundo, aquilo que visivelmente separava o Vitalismo do futebol, voltou a ter expressão em campo.
Ou então era uma coisa para preparar este jogo. Como é sabido, a derrota em Portimão foi o último jogo de Rui Vitória pelo Benfica e certamente que Lage, embuído do espírito de todos contam, quis prestar aqui uma bonita homenagem ao Homem e ao seu legado.
E até estava a ir bem. Uma primeira parte em que Pizzi é dos piores em campo... Quem é que eu estou a querer enganar, o único que se aproveitou na primeira parte foi o Guarda-Redes porque ainda fez uma ou duas defesas! Só acha que o Portomonense não deveria estar em vantagem ao intervalo quem não viu o jogo. E essa vantagem chegaria, mas já no segundo tempo, fruto de total ausência de pressão e imensos espaços concedidos; fruto de uma construção em balão e pelas alas. O regresso total do #sefossefacil.
Não que isso mudasse totalmente com o golo sofrido. O que mudou foi que saiu Samaris para entrar Jonas. E tal como com Vitória, o Brasileiro salvou o jogo e ajudou o Benfica a cavalgar para uma goleada. A equipa ganhou jogo interior, Florentino melhorou a sua imagem de omnipresente naquele meio e o Portomonense se criou mais duas jogadas com pés e cabeça, criou muito. Até Seferovic, uma nulidade total até ao primeiro golo, acabaria por bisar. E Jonas com mais quatro minutos poderia quiçá tê-lo feito também.
É mais fácil escrever nos maus momentos, como diz o Matrecos Vermelhos? Se calhar é. Neste momento o facto de o Benfica só se apresentar a jogo durante 45 dos 90 minutos do jogo é o que motiva a fúria. Se o Benfica ainda está na luta pelo título, e se tem mesmo vantagem nessa luta, deve-o a Lage. Seria bom que não se deixasse encantar pelos rumores do Carrossel Mendista que o metem na rota dos Lobos de Inglaterra e se focasse em tornar o título realidade. Para que não se perca o título por causa de Lage, dando razão às carpideiras das luzinhas e das saudades alheias.
Quanto aos jogadores, Jonas mostrou que ainda é o melhor médio criativo da equipa. Samaris e Tino é dupla que não funciona. Mas a renovação de Samaris já devia estar finalizada. Um clube que pode pagar o que paga a Sálvio, a menos que o ordenado seja pago pela unidade de saúde que patrocina o Benfica, pode bem pagar o dobro do que Samaris pede. Porque é que devia estar finalizada? Porque Samaris é neste momento o segundo melhor central do clube. Jardel não chega e já devia ter sido despachado. Rúben está a par ou ligeiramente pior que o Grego. Cervi teria sido melhor lateral do que Grimaldo foi neste jogo. Aliás, neste momento o plantel está tão equilibrado que Cervi é de facto o segundo melhor lateral esquerdo. Félix numa ala é pior que um atentado ao futebol, é não querer ganhar jogos. E ficar com "este" Seferovic como única referência atacante é preocupante.
Título ou não título (livrem-se!) temos de ter menos luzinhas, menos carrossel mendista e mais pensamento, planeamento e treino. Muito mais.
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