sexta-feira, 14 de setembro de 2018

 

Os aplausos ao Danilo e a verdadeira Torre(s)

No último jogo do FC Porto para a liga, a principal notícia (para além de não ter perdido uma vantagem confortável no mercador) foi o regresso de Danilo a campo, o que já não acontecia desde Abril, se não estou em erro. A sua entrada em campo foi precedida de aplausos ruidosos por parte dos adeptos portistas, desejosos de voltar a ver jogar um médio como eles gostam, forte fisicamente, rápido, "que vai a todas", apesar das suas limitações técnicas e cognitivas, mas isso, para um analfabeto futebolístico, tal como referiu um conhecido treinador da nossa praça, é "bola".

No entanto, nesse mesmo jogo, para aqueles que o viram com mais atenção, a figura não foi ele, mas um pequeno médio espanhol, de nome Óliver Torres.

Até esse momento, o jogo estava longe de ser fácil para o clube visitado, apesar da vantagem de dois golos. O Moreirense controlava o jogo com bola, não permitia que o Porto saísse a jogar, obrigando-o a bater a bola na frente para o suspeito do costume e alvo do post anterior, Marega.

Com a entrada de Óliver Torres aos 75 minutos para o lugar de outro favorito dos adeptos mas igualmente trolha Sérgio Oliveira, o jogo mudou substancialmente. O Porto passou a ter um jogador que sabe pautar o jogo, ou seja, capaz de colocar calma no meio campo e escolher a melhor solução de passe, o que, adicionando a sua visão de jogo e mestria técnica, tornou-se numa espécie de oásis no meio do deserto de ideias e qualidade do resto da equipa.

Pode-se dizer que Óliver é de facto a verdadeira Torre desta equipa, muitas vezes esquecida, muitas vezes criticada por aqueles incapazes de perceber o seu requinte, a sua magnificência, mas que, quando é necessário, ela está lá sempre a iluminar o caminho como um farol no nevoeiro.
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