No domingo passado, o Sporting estreou-se para a Taça da Liga com uma vitória contundente sobre o Marítimo por 3-1. Após um final de época masoquista e uma pré-época conturbada para a equipa do Leão - o que me levou a afastar de ver a equipa jogar nos jogos para o campeonato (vi as duas primeiras partes das duas jornadas iniciais..), decidi dar outra oportunidade à equipa de Peseiro.
Ajudou a que o onze escalado fosse muito semelhante aos onzes que foram alinhavados nas jornadas anteriores, o que me permitiu ver uma evolução da equipa do pouco que tinha retido. Contudo, e não muito surpreendente, o Sporting continua com um modelo de jogo deprimente do ponto de vista defensivo e aborrecido do ponto de vista ofensivo, denotando uma estagnação na medianidade.
Defensivamente, talvez se possa justificar a fraca qualidade com as entradas de Gaspar na ala direita e de André Pinto no centro-esquerdo. Raramente o Sporting sai a jogar com bola no chão: a aposta na bola longa, geralmente a partir dos centrais, para Montero (sim, esse portento físico de 1.75m conhecido por ser um ponta avançado fixo que ganha imensas bolas no ar e permite uma equipa estender o jogo para o meio campo do adversário...); uma aposta nos confrontos físicos para recuperar a bola, nomeadamente através dos argentinos no meio campo ao invés de um pressing alto efetivo a forçar o erro do adversário; chegada à área de muita gente para suprimir lacunas na construção ofensiva, permitindo várias brechas no meio campo que só não foram devidamente aproveitadas devido a um Marítimo muito fraco colectivamente mas com alguma qualidade individual; aposta exarcebada no 1x1 e no cruzamento derivada da mesma lacuna evidenciada no último ponto, que na maioria das vezes resultaram em jogadas nulas de perigo.
No entanto, o Sporting acabou por marcar três golos: um penalti sacado por um jogador jovem que é forte no 1x1, que joga simples e é rápido (não admira a aposta de Peseiro nele..) mas que, talvez devido à sua idade, tem pouca qualidade de decisão e tecnicamente ronda a mediania; uma boa combinação entre Montero e o melhor jogador leonino do jogo, o brasileiro Raphinha (furos acima de Jovane em quase todos os aspectos do jogo...) que resulta de uma aselhice de Rodrigo Pinho; e por, ironia do destino, uma bola longa de Salin (!!!) que Montero ataca e numa dividida consegue libertar para Bruno Fernandes marcar. E aquela assistência de Battaglia (creio que foi esta humilde picareta argentina...) para um avançado do Marítimo sem olhar e para trás? Muita qualidade.
Ou seja, nos três golos, dois resultam de demérito do adversário (vale o que vale, mas demonstra que o Sporting tem muita dificuldade em criar situações de golo por si mesmo, o que em jogos de maior dificuldade vai ser complicado) e o outro resulta através de uma dinâmica de jogo que resulta uma vez em dez situações. Zero de evolução ofensiva. Com quase todos os titulares. Contra um Marítimo que se supõe irá lutar pela segunda metade da tabela classificativa.
Picareta Douala claramente desapontado com o Sporting, libertou a picareta com um cruzamento da ala direita com a parte exterior do pé esquerdo para a entrada na grande área de Picareta Oceano.
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Esta vossa picareta, pelas mesmas razões do Camarada Douala, também se afastou no futebol profissional. Ainda assim, num assomo claramente masoquista, decidiu, pela primeira vez esta época, ver um pouco do clube do seu coração. Abri o "Inácio" nos segundos 45 minutos e o que viu obrigou este humilde escriba a tomar um medicamento para a urticária.
A saber:
- Construção pensada, coordenada e em bloco? Overrated, claramente, mete no André Pinto que ele chuta na frente.
- Jogo interior para que a bola chegue com qualidade à zona de criação? Oh leitor, você deve ser parvo, é tão mais prático centrar dos 3/4 de campo e esperar uma oferta e/ou um ressalto para a entrada da área!
- Reacção coordenada e rápida à perda da bola? Mais uma vez, o leitor está com picuinhices, se tens Battaglia e Acuña para correr para cima da bola tipo Rottweiller com fome, para quê delinear zonas de pressão, subida colectiva do bloco?
- Organização defensiva pensada? Lá está o leitor a ser exigente, o Marítimo é uma equipa do meio da tabela do Futebol Português, basta ter os 11 atrás da bola, a coisa resolve-se.
E foi neste marasmo de ideias que se desenrolou a 2ª parte, com um jogo completamente partido que beneficia a equipa com mais qualidade individual, neste caso o Sporting.
Algumas notas individuais:
Battaglia e Acuña: São dois jogadores esforçados, com garra e atitude competitiva. Infelizmente, isto não é uma competição de Ironman, mas sim Futebol, e, neste desporto, a correrem que nem baratas tontas, só lembram umas amadas, mas burras, personagens de um videojogo:
Jefferson: Bem, aqui a coisa é mais simples, és um cepo. Não sabes atacar, apenas chutar a bola para a área. Quanto ao teu entendimento do que é defender colectivamente, tenho aqui outra imagem que ilustra as capacidades deste compadre com o olho malandro:
Gudelj: Quando recebeu a primeira bola deu dois toques, fixou um adversário e colocou a equipa numa situação clara de marcar golo. Portanto, fez algo em 10 segundos que Battaglia e Acuña ainda não fizeram desde que chegaram a Alvalade. Será titular de caras, espero eu.
O Sporting vive da falta de controlo do seu jogo, que o parte por completo e, aí, obriga o adversário incauto a jogar nestes termos, vindo ao de cima a sua inferior qualidade individual. Quando o Sporting encontrar uma equipa organizada, com um colectivo minimamente trabalhado (que não é o caso deste pobre Marítimo), será goleado sem apelo nem agravo.
Aquilo que eu peço, de forma humilde, é que os quadros directivos passem por cima destas vitórias recentes e foquem-se num modelo que valorize os seus activos.
Neste momento, somos uma manta de retalhos, na qual emerge um Jovane que é rápido e tal, mas é claramente inferior a Matheus, um Nani que consegue encontrar, na sua pausa e entendimento de jogo, espaços que a organização colectiva é incapaz de fornecer e de um Bruno Fernandes com grande capacidade técnica e de ataque nas zonas de finalização.
Tudo o resto, repetindo-me, é uma valente merda, incluindo o trabalho do Sr. que é pago para treinar.
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