terça-feira, 11 de setembro de 2018

 

Deus-dará!



Deus-dará substantivo masculino.Ao acaso, sem planeamento.À toa, à sorte; abandonado.

Aproveitando a deixa do Moussa Marega, onde no seu texto demonstra algum desagrado pelas escolhas do treinador do FC Porto, pretendo também questionar algumas escolhas do treinador do Benfica.

A referência ao Deus-dará é para tentar arranjar explicação para escolhas e algumas mudanças na equipa titular que não fazem qualquer sentido e que parecem feitas ao acaso, sem qualquer planeamento.

Vamos começar então pela época passada que está mais presente na memória dos adeptos.

Com a venda de Mitroglou e com a adaptação de Seferovic a correr mal, os adeptos benfiquistas pediam outro ponta de lança. O nome escolhido foi Gabriel Barbosa, Gabigol como é conhecido. Veio sobre uma grande expectativa, falava se que era onde ia rebentar e mostrar todo o potencial que diziam que tinha. Depois de alguns jogos fora dos convocados, Rui Vitória veio em defesa do seu jogador dizendo, e passo a citar " Quem critica é porque não sabe a qualidade do jogador". Se o treinador do Benfica vem dizer isto e depois raramente convoca o jogador, quando convoca as vezes nem 15 minutos fazia e sempre que jogava fazia exibições medíocres, afinal quem é que não sabia a qualidade do jogador?

Avançando para outro caso, que começou na época passada e tem continuado na presente época. Vou chamar esta situação de " O estranho caso de Seferovic". Ora Seferovic veio para substituir Mitroglou como parceiro de Jonas na frente de ataque do Benfica. Vinha com o rótulo de mau finalizador, de ponta de lança com pouco golo. Foi dando boas indicações na pré-época e Rui Vitória apostou nele para o primeiro jogo oficial de época, a Supertaça Cândido Oliveira contra o Vitória de Guimarães. Seferovic marcou 1 golo jogou os 90 minutos e com isso firmou o seu lugar no 11 inicial. Marcou nos 3 primeiros jogos mas à medida que os jogos iam passando, os golos iam desaparecendo e com isso o lugar na equipa. Acabou por ir para o banco de suplentes, viu o seu treinador a mudar o sistema tático para o 4-3-3 e com isso a ficar cada vez mais vezes no banco e o seu tempo de jogo ir diminuído, havendo jogos em que só jogou 1 ou 2 min. Acabou a época, chegaram 2 pontas de lança e Seferovic ficou sem lugar no plantel e foi colocado no mercado. Passa-se o Mundial, a pré-época e Seferovic ainda no plantel.

O Benfica, devido ao 2º lugar na época 17/18 na Liga Portuguesa, teve que disputar os playoffs de entrada para a Liga dos Campeões contra o Fenerbahce. O ponta de lança suiço nem na convocatória aparecia. O Benfica faz 4 jogos( 2 contra o Fener, 2 para a Liga) e Seferovic continua sem tocar na bola( Castillo que era o ponta de lança titular lesiona-se e entra Ferreyra, outro PL, para o seu lugar). O clube da Luz passa a 3ª eliminatória e calha o PAOK como próximo adversário nos playoffs. O primeiro jogo é na Luz e Seferovic é convocado.

Ao minuto 80 Rui Vitória lança Seferovic ao jogo, com a eliminatória empatada a uma bola. O suíço passa de jogador para vender, posto de parte, para suplente utilizado num dos jogos mais importantes da época, onde acaba por acrescentar muito pouco. O mais surreal ainda vem depois. Na 3ª jornada, derby lisboeta e Seferovic é convocado. Ao minuto 70 Rui Vitória lança Seferovic, com o jogo novamente empatado a uma bola( parece que quando a coisa tá a correr mal o segredo é lançar avançados, pode ser que eles marquem um golito e salvem o dia). Acrescenta muito pouco outra vez. E a seguir?! Adivinharam. Seferovic é colocado no lugar de Ferreyra para a 2 mão dos playoffs na Grécia, o jogo mais importante da época até a data! E a partir daí foi titular na 4ª jornada da Liga, contra o Nacional e espante se, marca um golo e faz uma assistência.

Estes 2 casos(existem mais) foi para explicar que, pelo que parece, tudo o que Rui Vitória faz, seja as escolhas de jogadores, seja as convocatórias, é "ao calha", tudo sem qualquer planeamento, é lançar por lançar para ver se corre bem e se correr eu sou o herói,se não correr a culpa é do jogador ou da bola que não quis entrar ou de outra coisa qualquer, nunca minha!
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