terça-feira, 12 de março de 2019

 

Era do Caralho

Uma das grandes discussões que decorrem na blogosfera futebolística é a de em que era o futebol moderno se encontra. Para alguns isso não é importante, para outros é fundamental para poderem passar a ideia que mais do que um local onde se vai para ver análise, são o local de onde brota a verdade.

Na realidade, chamar a um intervalo de tempo em que os treinadores descobriram que, apesar de todas as bonitas ideias que têm sobre o jogo, têm de ainda por cima preparar a equipa para lidar com o adversário, apenas é novo para quem de há tanto tempo estar afastado de um campo de treinos que achar que isso é novidade. No meu caso já o vejo a ser implementado há quase vinte anos, e não sou profissional da coisa.

Como não profissional que sou sinto-me à vontade para designar que o futebol do Benfica de Lage está a entrar na fase do Era do Caralho. Não na era, a fase do era. O que é isso de ser do caralho? É fácil.

Era do Caralho que o cabrão do Vlachodimos por uma vez que fosse não se comportasse como se não estivesse na baliza aquando da merda de um livre em posição relativamente frontal à sua baliza. Foi Chaves, foi no Dragão, foi ontem, foi mais três ou quatro vezes... Foda-se que assim não dá para manter a elevação nem a tensão em níveis normais. Cada vez que vejo um filho da mãe de uma qualquer equipa adversária ajeitar a bola perto da linha de área aguardo pelo momento em que o grego se vira para os colegas e grita "malta, façam de conta que não estou aqui". É que parecendo que não, ao menos ninguém contava com aquele caralho. Eu sei que não fui o mais amigo do Varela, mas dou por mim a ter saudades dele. E isso é do Caralho!

Também Era do Caralho que o grunho do Dias parasse de dar brindes. Não sei se é da falta de Jardel a fazer merda se do que é, mas havia um tempo em que o gajo fazia merda, mas de caminho limpava uns quantos, o que parecendo que não tirava a vontade de andar nas divididas com ele. Agora os únicos que ele mata são os adeptos do Benfica com as constantes burradas (para quem esqueceu não é gralha, é uma borrada com burrice à mistura) que oferecem pontos aos adversários.

Resumindo os dois últimos parágrafos, Era do Caralho que a nossa defesa nos garantisse pontos a nós e não aos adversários.

Mais adiante, Era do Caralho que as funções de construção não fossem entregues a Samaris. Eu gosto do gajo, mas a única coisa que ele é bom a construir é paredes aqui no estaleiro. Tudo o resto é para partir. Só que quando aquele caralho partilha o meio campo com Florentino tudo o que de bom faça, é feito em melhor pelo puto. E se eu disser que descobri no final do jogo que o Ziv jogou, ficamos a saber que Era do Caralho que os gajos que entram acrescentassem ao jogo. Em abono da verdade nem sei quem saiu, portanto diria que foi troca por troca...

Falando do futebol jogado, Era do Caralho que quando se precisa de um resultado não desatasse tudo a cruzar e a chutar contra florestas de pés. Já não via um desnorte tão grande desde que o Vitalis foi vender águas para a Arábia. Era do Caralho que não revertêssemos a esses tempos. Era do Caralho que já que se optou por deixar os defesas que garantem golos aos adversários, se optasse por uma táctica que permite rodar os avançados, para que alguém nos garanta golos quando precisamos deles. "Ah mas os Sem-Abrigo Desamparados de Belém fecharam-se muito" (é isso que SAD Belém quer dizer certo?). Fecharam-se... Mais ou menos! Eu também alinhei por esse prisma, mas depois houve um Arquitecto que me chamou à realidade e me mostrou que mesmo depois do empate o Benfica teve três ou quatro transições que, não fosse andarem à procura do caralho do cruzamento, poderiam ter tido outro fim.

Foda-se... Que caralhos!
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