sexta-feira, 2 de novembro de 2018

 

Sporting: Que treinador queremos?

Caros leitores,

Parece-nos óbvio que foi o facto de termos dito 100x "Peseiro Rua" que precipitou a queda do tauromáquico. 

Parabéns a nós, com excepção do Picareta Robocop, Marega e Vitalis, companheiros escribas deste blog que fizeram uma corrente para que o PZero se mantivesse, mas isso são questões que iremos resolver internamente (alguém tem o número das urgências do Amadora-Sintra?).

Posto isto, sabemos que os jornais irão colocar 28375358654 nomes diferentes durante os próximos dias na rota do cargo de treinador.

Mas, na vossa visão, antes de definirmos o nome, parece-nos mais importante perceber que tipo de treinador queremos.

O Sporting, como qualquer clube/associação/agregado familiar Português, está sempre à beira da rotura financeira.

Isto tem coisas más, como a impossibilidade de investir com o mesmo fulgor dos outros clubes da mesma gama Europeia, mas tem a vantagem de nos manter sempre em carne viva, com os sentidos em alerta e prontos a reagir a qualquer adversidade. Isto é ser do Sporting, para o bem e para o mal. Não há tempo para aburguesamentos.

Assim sendo, o único caminho para a felicidade é o caminho do bom futebol, o caminho que valorize o jogo e os jogadores, mesmo que isso não se traduza, no imediato, em bons resultados.

Apesar de Conceição ter dado o título ao Porto jogando um futebol directo, de constantes duelos, sem ponta de criatividade ou de envolvimento colectivo, o caminho a seguir não é esse, porque, no médio/longo prazo, é um projecto esgotado, em termos tácticos e até na capacidade de mobilizar/motivar os jogadores, porque o caminho para a vitória não é o do bem jogar, antes o de explorar psicologicamente os jogadores até à exaustão, como se o futebol fosse uma soma aritmética de combates entre os 22 jogadores em campo.

O que se pretende é um Sporting dominador, corajoso, que não tenha medo de arriscar, colectivo e aprazível.

Futuro treinador do Sporting:

- Temos tanta qualidade nas camadas jovens, não tenha medo, ponha-a em campo;
- Despache o entulho que enche o plantel principal, de Battaglia a Misic, de Jefferson a André Pinto;
- Dê, sempre, a primazia ao talento. Esqueça os corpos avantajados, os 100 metros feitos em 10 segundos. Quem é que trata a redondinha em condições? É esse que tem que entrar;
- Divirta o público, dê qualidade ofensiva à equipa, mesmo que possa perder alguns jogos, vai ganhar o coração dos adeptos (sim, sou um bocado lírico, e depois?).

Ainda não dei nenhum nome, mas há vários que poderiam ser opções, de Miguel Cardoso a Paulo Sousa, de Hasenhutll a Wenger (o meu preferido, com franqueza, tenho gostos caros).

Não apostem num treinador de "raça, atitude e dentes cerrados", acreditem em alguém que nos dê prazer, porque isto é apenas um jogo.

Picareta Oceano
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