sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

 

Heróis Injustiçados 4 - Lima

Poderia ser alcunha, de tão refrescante que era para um atacante jogar com ele, e de tão ácido poderia ser ter de o enfrentar, mas Lima é nome pelo qual o futeluso conhece Rodrigo José Lima dos Santos. Zé dos Santos, Rodrigo Zé ou Rodrigo dos Santos não são nomes de craque. Os craques reconhecem-se por um nome. Se dizer um só nome e não sabes quem é, então o que fez não lhe mereceu o Olimpo.

 

E Lima é daqueles que era tão discreto que chegou ao Olimpo e nós nem demos bem por isso. Ao serviço de Belenenses e Braga mostrou sempre aquilo que normalmente se chamam qualidades de "jogador à Porto", daí que quando as primeiras notícias surgiram de que poderia vir para o Benfica, até face ao período que a equipa vivia, se pensou ser a típica notícia para ou inflaccionar o preço ou para dar a entender que tinha sido 'roubado' ao rival. O normal, face ao que era o tráfego normal de jogadores entre agremiações, até seria ter ido parar ao Dragão e não à Luz. Abençoada seja para todo o sempre a luzinha que brilhou na estrutura e que o trouxe para o Seixal.

Fazer um apanhado do que foi Lima é simples e complicado. É simples porque todos lembramos o quanto ele era trabalhador, a forma como prendia defesas, como descia para dar linhas de passe, como com pequenos toques ajudava a desmontar defesas. E é complicado porque queremos falar de um momento e não sabemos qual escolher. Passeando pela blogosfera, na semana em que ele se retirou da vida de jogador profissional, cada adepto Benfiquista, e até uns quantos a quem falta esse bom gosto, se lembravam de outros momentos.

Para mim, o momento Lima nem é um onde ele tenha uma participação muito activa. No fundo é um momento em que ele se limita a empurrar para o fundo da baliza de Rui Patrício uma bola muito bem trabalhada pela equipa. Para mim o momento Lima é aquele golo ao Sporting. Podia falar do bis no Dragão? Do golo ao Buffon? Podia, mas quantos golos se podem mencionar com pronome? Pois! 

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