quinta-feira, 29 de novembro de 2018

 

A incompreensão de Sérgio

 «Ainda chamei uns nomes ao Óliver, mas depois aplaudi»

É assim que começo, este post, apresentando já as minhas desculpas por ter abandonado os caros leitores, mas a vida de estag... escravo é dura e morosa.
Por este afirmação do treinador do Porto se percebe que àinda não percebeu a verdadeira razão do Porto ter melhorado substancialmente de rendimento há uns jogos para esta parte. E a razão para tal é a súbita titularidade de Oliver Torres, o mago espanhol que veste de azul e branco. O que Oliver traz ao jogo do Porto não pode ser quantificado na maior parte dos aspetos, é a esta clarividência do espaço, a relação com a bola e a forma como descobre quase sempre a melhor solução para a situação que lhe se apresenta. Esta frase ainda mais estúpida se torna devido ao facto de o remate do espanhol ser umas das suas (poucas) fraquezas, e este camelo, perdoem me os camelos, que vê o Oliver a treinar todas as semanas, tem a lata de afirmar isto. Enfim, o Porto é o grande que melhor joga atualmente, o que diz mais de sporting e benfica do que do próprio treina a dor (obrigado Abel Xavier).
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quarta-feira, 28 de novembro de 2018

 

O Novo Paradigma da Grandeza Europeia do Benfica...

...É levar uma mão cheia de cada vez que o Sporting for simpático o suficiente para, sendo Sporting, permitir ao Benfica apanhar-se numa Champions! Segundo ano consecutivo a levar uma manita fora. Deve ser de ir a estes países onde faz frio. Como qualquer bom chefe de família, há tradições para manter.


Por falar em tradições que se mantêm, seria bom vermos a palestra de preparação deste jogo e como se trabalhou a projecção dos laterais no terreno. Isto porque o Bayern só joga com transições rápidas para extremos rápidos desde... 2012 pelo menos! É normal que o relatório de jogo não tivesse detectado essas incongruências.

E já que falamos de coisas anormais, que acharam daquele desconhecido que jogou pelo Bayern? Não, o coreano não, um tal de Robben, que só tem uma carreira futebolística com 18 anos a fazer fintas para dentro para a bola ficar ao jeito do seu pé esquerdo? Ah espera, carreira de 18 anos... Deve ser novidade é para a defesa benfiquista, que passou o jogo a oferece o lado interior do campo. Se calhar quando na palestra se falou disso já estava tudo a dormir...

Aqueles que se queixam que Jonas não serve para estes jogos, digam-me a que minuto foi a única vez que Seferovic participou numa jogada. Deu em cruzamento rasteiro para as mãos de Neuer, mas deve fazer dele mais ajustado para este jogo do que o Brasileiro. Ou o Castillo. Ou o Ferreyra que não serve...

Entretanto ainda estou à procura de André Almeida, Rafa e Gabriel. Constam da ficha de jogo mas juro que não consigo encontrá-los.

Demorei quase vinte minutos a perceber que Alfa Semedo esteve em campo. Como se ele só entrou ao 75? Precisamente por isso, é que foi tão eficaz que só quando as equipas saíram de campo é que deu para perceber que lá esteve.

Entretanto, uma noite de glória para a direcção e o treinador. Ao mesmo tempo que o Ajax dificultava as contas do apuramento, a equipa desprovida de mecanismos de jogo de Rui Vitória simplificava: Liga Europa com toda a gente. É uma melhoria infinita em relação aos 0 pontos da época passada.

+


+ Odysseas Vlachodimos. Há um motivo para a noite ter sido negra mas não histórica. Esse motivo é um alemão filho de gregos e que foi o melhor guardião teutónico em campo. Também foi o único que teve mais trabalho entre os postes do que fora da área. Poder-se-ia dizer que evitou 3 golos, mas como num dos casos se limitou a adiar o golo um pontapé de canto, ficamo-nos pelos 2,5.

+ Gedson Fernandes. Fez o golo numa boa combinação com Jonas. É quanto baste para ter nota positiva. Ainda teve mais uns bons recortes e sofreu umas faltas. Quanto baste. Os outros estiveram tão mal que bastava não fazer merda para estar aqui.

+ Renato Sanches. Depois de o Benfica ter feito um favor a Nico Kovac, mantedo-o no cargo por mais uns dias, Nico Kovac agradeceu tirando Robben e metendo Renato. Como é que é um agradecimento? A presença de Renato no lugar de Robben dá a entender que afinal o Benfica tem bons processos defensivos e de reacção à perda de bola e que o veterano Holandês é que teve uma noite fora de série. Não tem. Não foi. O que aconteceu foi "Renato".


Defesa Benfiquista. Robben no primeiro golo recupera uma bola, transporta a bola a passo por entre três defensores, com uma finta de corpo tira mais dois da jogada e atira a contar. No segundo golo a defesa oferece o lado de dentro e ele agradece com um remate. Noutra oferta do lado de dentro pela defesa, pica para a cabeça de Müller que Odissalva defende para canto. Para quem ainda está a remoer por eu dizer que transporta a bola a passo e não a correr remeto para a disciplina de Física. O movimento é relativo. Eu usei como referencial um espectador sentado. Quem acha que ele estava a correr está a usar a defesa benfiquista.

Meio Campo Benfiquista. Falta de Comparência

Rui Vitória. Segunda manita em dois anos seguidos na fase de grupos. Depois do recorde de Akinfeev a sofrer golos, acabou com a secura de Ribéry a marcar na Champions. O Benfica é neste momento o clube mais desejado por quem quer que tenha um borrego bem gordinho para matar. Ou clubes com treinadores com a corda na garganta. Há culpas da administração? Há, mas não tiremos mérito ao comandante do Tit... do navio!
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terça-feira, 27 de novembro de 2018

sábado, 24 de novembro de 2018

 

Oh Keizer anda cá ao Oceano!

Marcel, umas dicas:

Não te metas com merdas de pedir reforços porque não há guito.

Pede ao Vagandas para trazer os seguintes jogadores:

- Geraldes
- Matheus
- Iuri
- Palhinha

A seguir, sobes estes gajos:

- Daniel Bragança
- Diogo Brás
- Elves Baldé
- Bernardo Sousa

Por fim, pedes ao Vagandas para despachar isto para o Braga/Turquia/ETAR mais próximo:

- Petrovic
- Misic
- Mais alguém acabado em Ic que por lá ande
- Jefferson
- Jovane
- Marcelo/André Pinto
- Bruno Gaspar
- Battaglia
- Diaby
- Castaignos

Importantíssimo! O Bruno César deve ficar sempre, não só os hábitos alimentares dele impedem os outros jogadores de engordar, como aprendeu a jogar em TODAS as posições do campo, dá sempre jeito um gajo polivalente, ou seja, mau em todo o lado.

Depois de fazeres isto tudo que o Oceano manda, a regra é simples:

Só há uma bola,duas balizas e as marcações do campo. Caga nos árbitros, estão para aí 14 dentro de campo + VAR e não vêm nada.

O que é que deves fazer?

Escolhe 11 gajos talentosos, que saibam conservar a bola e tratar a menina com amor, carinho e paixão.

Quando perderem a bola, explica aos gajos que têm que ter juízo na reacção à perda de bola, não é só atirar o corpo para a frente, isto não é uma formação ordenada no Rugby.

Se tiveres dúvidas, pergunta ao Raul José, o tipo ensina-te uma cena recente, chamada defesa Zonal, que inclui uns conceitos recentes como "bola coberta/descoberta", "indicadores de pressão", etc...

Se os jogadores perceberam isto com o Jesus a falar, com o Raúl é peaners.

Depois de teres estas merdas, não fales muito e segue este paradigma:







Esta última era brincadeira ok Marcel? Este gajo é um cepo.


Picareta Oceano

PS: Nunca bebam e escrevam em blogs.



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sexta-feira, 23 de novembro de 2018

 

Um elogio que soa a elegia.

Há uma certa opinião, que perpassa toda a blogosfera benfiquista, que a eliminatória da Taça de Portugal frente ao Arouca foi uma valente merda. Um daqueles jogos em que foi melhor o resultado que a exibição, que ficou mais uma vez provado que o tempo de Rui Vitalis acabou, que blá blá blá. O que vou dizer pode ser polémico, mas este trolha acha que o que se viu foi o melhor jogo do Benfica talvez desde que Jonas se "lesionou" no aquecimento em Setúbal. Claro que um adversário da segunda metade da tabela da segunda liga não é propriamente o Bayern, mas isto tem estado tão mau que um gajo agarra-se a qualquer coisa de positiva, como Vitalis se agarra a um livro do Gustavo Santos para dar conferências de imprensa.

As boas notícias no onze titular eram mais que muitas. Svilar em vez de Varela indiciava que o modo #sefossefacil estava desligado, Corchia ia ter a hipótese de somar mais minutos, Conti ia ter hipótese de se entrosar com Rúben Dias, dois avançados indiciavam o regresso de um Benfica de tracção às rodas da frente e Krovinovic e Zivkovic em campo permitiam que o Benfica apresentasse em campo cérebro e pés para acompanharem Jonas. Com isto tudo quem seria o parceiro de Jonas era irrelevante, mas calhou o brinde a Seferovic. O Porteiro Castillo chegou tarde e Ferreyra, saberíamos mais tarde, só de pensar em ser titular numa equipa de Rui Vitória até fica com azia. Eu disse que o modo #sefossefacil estava desligado? Há coisas que não mudam com um estalar de dedos e tenho estado a fazer um esforço por esquecer que Alfa Semedo esteve em campo...

Quem quer análises profundas à performance das equipas coisas com gráficos e vídeos e imagens pode ir para outro sítio. Aqui é mais a profunda superficialidade dos temas que nos interessa. Isso para desculpar o não fazer uma descrição prolongada de uma primeira parte em que o Benfica teve bola o tempo todo, em que Krovinovic esteve em grande na condução e a segurar a mesma, em que Ziv aparecia ora de um lado, ora do outro e até no meio a dar linhas de passe e toques para ajudar a desmontar as paredes amarelas que Quim Machado ergueu junto à sua área. Poucas ocasiões de perigo, é certo, mas uma equipa em modo carrossel em que até Seferovic dá um arzinho de ser jogador da bola e Gabriel fez uma campanha de demolição de jogo de causar inveja a Wesley Snipes e Jonas a justificar quem diz que é um Deus da bola, aparecendo na frente, no meio, nas alas e no centro. Faltou dizer que até na defesa apareceu, mas na defesa até os que deviam lá estar não apareceram, quanto mais os que não era suposto!

E aqui vamos falar do que foram os acontecimentos estranhamente normais da primeira parte, ou seja, das duas ou três vezes em que uma perda de bola do Benfica ocorre num corredor lateral, ou dá origem a uma lateralização rápida e Gabriel não pôde limpar a jogada (e por vezes o jogador). Transições em velocidade, desorganização, jogadores do Arouca isolados e, na primeira vez que a bola ronda a área de Svilar, golo do Arouca. Não dá para remeter a acção de Conti e Corchia ao "tiveram azar" ou "estavam todos mal". Estiveram particularmente mal estes dois mas não nos iludamos, os processos da equipa na reacção à perda só não têm culpa porque não existem. Fica complicado de perceber se o que falta é noção, se treino. Como passaram mais de três dias, imagino que deu para dar as 48 horas necessárias de descanso e fazer o treinozinho leve de preparação e ainda assim sobrarem uns dias largos para todos os titulares com a exepção de Ziv, Seferovic e Rúben Dias treinarem qualquer coisa com intensidade. Porque não falo de Alfa Semedo? Porque ou não estava lá, ou chegava atrasado, ou estava mais preocupado em encarnar a figura de um comboio descontrolado que atropela, verbo fundamental para descrever a exibição dele, tudo o que lhe aparece à frente.

O que sobrava ao Benfica era futebol. Inconsequente no que a conseguir golos diz respeito, inconsequente até em conseguir ocasiões de golo claras, mas eficaz o suficiente em entrar no meio campo adversário vezes suficientes sem cruzamentos para a molhada e bola longa, para o mais optimista dos adeptos, ou aqueles que estão na fase de negociação do luto, acharem que há ali matéria para, com treino, se criar um futebol de posse, mandão e que destrua a mais ferrenha organização defensiva. É como dizer que as picaretas estão todas lá, agora só falta quem ensine os trolhas a partir pedra. Ironia das ironias, o golo do empate chegaria finalmente numa transição rápida pela esquerda em que à perda de bola do Arouca se segue uma requisição longa em Seferovic, o Suíço progride, aguenta a carga, trava, muda de direcção e mete no meio em Jonas que, com o corpo, tira um adversário da frente, pergunta ao guarda-redes do Arouca onde a quer e empata a partida. Pi pi, intervalo.

A segunda parte tirou-nos Krovinovic e deu-nos Rafa. O que o Croata faz com a bola colada aos pés, o Português faz em velocidade. Ou faz parecido. Pronto faz uma outra merda totalmente diferente mas que resulta. Senão veja-se, nos primeiros cinco minutos o Português mostrou ao que vinha, criando duas quase ocasiões. Quase ocasiões porque para ser uma ocasião convém haver lá pelo menos um colega! Os minutos passam e o jogo começa a ter uma toada interessante de um jogo de ping-pong. Ora sobe o Arouca, ora sobe o Benfica, ora sobe o Arouca, ora sobe o Benfica, e estás a ficar cansado, as pálpebras estão a pesar, vais-te sentir sonolento, sobe o Arouca, sobe o Benfica, amarelo mais que justificado para o Alfa que protesta ninguém sabe porquê, sobe o Benfica, sobe o Arouca, Rui Vitória tira Gabriel, sobe o Arouca, sobe o Arouca, sobe o Arouca, mas porra porque é que o Benfica mal passa do meio campo, foda-se já estão a mandar balões outra vez, sobe o Arouca porque o Benfica mais uma vez perde a puta da bola, foda-se estou a ficar com sono e já me dói o pescoço, contra-ataque do Benfica, olha o Seferovic a temporizar, passa a bola, Jonas fod, GOLOOO CARALHO! GOLO DO RAFA! CHUPA, GOLO!!!

Chegados ao fim da partida, despertados do estupor hipnótico que a toada de jogo partido que a saída de Gabriel imprimiu até fica a ilusão que o Benfica está a caminho de qualquer coisa boa. Somos levados a ignorar o número de vezes que novamente jogadores do Benfica coabitaram no mesmo espaço, os jogadores do Arouca isolados no meio-campo, a incapacidade de colectivamente se anularem as transições do Arouca desde que Gabriel individualmente deixou de o poder fazer. Esquecemos até como o cansaço de Jonas nos fez perder capacidade de definição no último terço. E nem pensamos se a gestão de excelência da condição física faz com que se lesione no aquecimento do jogo de um 'Setúbal' qualquer. Somos levados, pela sonolência, a acreditar que um treinador que pode colocar Krovinovic, Jonas, Félix, Rafa ou Pizzi, é um felizardo que vai procurar jogar futebol orgásmico; que um treinador que pode dar minutos a Conti e Rúben "Drunfado" Dias (já viram que há dois jogos que não tenta matar ninguém?) trabalhando um Gedson ou um Gabriel, para não ter de estoirar com Fejsa ou pensar sequer em alinhar com Omega Metemedo, é um treinador que não precisa de se expôr a contra ataques manhosos. Poderia ser isso tudo, mas só o tempo dirá se os sinais positivos que emanaram de ontem são fruto de palestras soporíferas sobre descanso prolongado e recuperação fraquinha, ou se são fruto da capacidade de jogadores que gostam de jogar à bola e não partir pedra.

+


+ Seferovic e Jonas. Pensei em nomear apenas um deles. A escolher um teria de ser Jonas, melhor avançado e a espaços melhor médio. Até deu uma ajuda na defesa. Apesar disso foi Seferovic quem brilhou com uma assistência e meia. Boas as movimentações do Suíço, melhor como interior esquerdo do que como direito, bem a fixar os defesas adversários para que o Brasileiro pudesse descer no terreno. O futebol do Benfica no primeiro ano de Rui Vitória só melhorou, por esta altura curiosamente, quando Rui Vitória percebeu que tinha de ter Jonas em campo com um parceiro. Seferovic não é nenhum Mitroglou, mas havendo treino tem de ser considerado para o lugar. No entanto, no que a planeamento diz respeito, estamos a falar de uma dupla de avançados que são o dispensado da "estrutura" e o dispensado do "treinador". Dá que pensar...

+ Gabriel. Fundamental no meio campo, fez os Benfiquistas pensarem no que seria Fejsa sem o carrapito, com capacidade de dar mais do que dois toques na bola e até de fazer passes sem ser para o parceiro ao lado. Com ele em campo todas as transições em que o Arouca passava do meio campo ocorriam nas alas. Sem ele o Arouca passou a ter jogadores isolados no centro do terreno. Um pouco temperamental, tem de refrear os índices de agressão sem perder agressividade. Ou tomar as mesmas pastilhas que andam a dar ao Rúben Dias.

+ Krovinovic. Um jogador que recebe a bola a meio campo, vira-se, progride, faz tabelas, recebe de novo, cola a bola no pé e galga metros para a perder, sofrendo falta, no meio de um cacho de três adversários. Está sem ritmo, o que nos faz sonhar com o que fará quando o tiver. 

Alfa Semedo. Verdadeiro Alfa Metemedo, ou Omega Metemedo se quisermos ir pelo total contrário, destacou-se pela forma como ia sempre ao homem, tendo beneficiado e muito de um árbitro mau demais para ser verdade. Há um exercício bonito de se fazer ao longo do jogo que é ver quantas bolas tocou em condições. Já nem peço passes, toques. Se quiserem fazer um jogo de beber shots optem por esta opção e não por 'faltas idiotas' ou 'entradas fora de tempo'. A menos que se queiram embebdar ao ponto que esquecem que ele esteve em campo, aí o conselho é o contrário. Tem culpas na 'avalanche' ofensiva do Arouca na segunda parte, não só pelo que não defendeu, mas principalmente pelo que ofereceu. Só não fica mal na fotografia do golo porque não aparece nela. E isso significa qualquer coisa...

Corchia e Conti. Ficam ligados ao golo do Arouca por uma série de motivos nenhum deles sendo a qualidade que têm. Não foram os únicos com falhas no lance, mas a verdade é que ficaram marcados por ele. Na segunda parte o lado deles foi um filão autêntico para o Arouca, sendo incapazes de lidar com a quantidade de bolas perdidas por si, pelos colegas em particular o já mencionado Omega Metemedo. Fica a impressão que têm muito mais para dar, justificando até mais os lugares do que aqueles que substituiram (Almeida e Jardel), mas ontem pouco lhes saiu realmente bem. Aquele grau de bem que até esquecemos como ficaram mal na fotografia do golo.

O árbitro. Nem me interessa saber o nome. Arbitragens destas são para ser erradicadas dos relvados. Não foi faccioso, foi mau. Tolerou coisas, de parte a parte, que não se podem tolerar. O cartão vermelho directo a um jogador do Arouca é uma anedota, o não castigar cotoveladas a jogadores do Benfica outra. Houve uma jogada de bola a rondar a área do Arouca, ainda na primeira parte, em que os jogadores do Arouca a cada lance faziam uma falta. Nada. Alfa andou armado em vendedor de fruta até à segunda parte e nada. Aquela entrada no Rafa? Nada. Os pitons na perna do Grimaldo? Nada. Mau demais. Não foi faccioso, foi mau.
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terça-feira, 20 de novembro de 2018

 

Se o Sporting fosse os Queen.

O amigo Carlos Xavier disse ao vosso estimado picareta para ir ver o filme Bohemian Rapsody.

Pessoalmente, acho o Bonga um artista mais completo e, apesar do filme ser uma valente xaropada, comecei a dar por mim a avaliar o 11 do Sporting consoante a qualidade dos hits desta banda Britânica semi-desconhecida.




Renan: In the lap of the Gods

- Renan está num lugar que não é dele, está destinado a figuras míticas do Olimpo. É um bastardo num lugar sagrado. Que agradeça esta oportunidade.

Bruno Gaspar: It's a Hard Life

- A vida é difícil quando jogamos pouco, ou nada vá. Bruninho (não confundir com o Brunão), vai lá para a Fiorentina outra vez.

Jefferson: One Vision

- Este camarada com um olho malandro e outro cego mas sonoro, sofre dum problema grave. Como só um dos olhos funciona, a perda de tridimensionalidade daí resultante só é útil quando ele bebeu uns canecos e precisa de conduzir... Para tudo o resto, é um cepo. Venha outro para alegrar a malta.

Mathieu: Bicycle Race

- Este estimado Francês, provavelmente o único Gaulês de jeito no Planeta Terra (Desolé Salin), tem sido o pronto socorro de uma depauperada linha defensiva, apanhando avançados 10 anos mais novos como se andasse de bicicleta dentro de campo. Je t'aime Jeremy.

Coates: You're my best friend

- Este camarada do Uruguai reúne um conjunto de qualidades muito interessantes para a sua posição campo, mas, quiçá contaminado pela qualidade de Bruno Gaspar e Ristovski, tem primado por fazer algumas cagadas prontamente salvas pelo Mathieu na sua bicicleta... Se Coates pudesse, cantaria "somebody to love" ao Jeremy, mas o bom do Francês já está comprometido.

Gudlej: Killer Queen

- Vocês já viram este amigo a parar transições do adversário? É cacetada de criar bicho. Tenho a certeza que se a Rainha Elisabete II viesse em condução até ao último terço, Gudelj varria a boa da velha... Um verdadeiro Killer.

Bruno Fernandes: I Want to break free

- Como não quero perder muito tempo com este senhor, escolhi um título self explanatory. Adeus.

Nani: We are the Champions

- A escolha não é inocente, tinha que escolher um hino para um jogador que é um hino a jogar futebol. Não será a melhor canção dos Queen, mas Nani será dos poucos (o único)a saber o que é jogar e ganhar ao mais alto nível.

Raphinha: Fat Bottomed Girls

- Raphinha é uma surpresa, tem qualidade e, não fosse a lesão, estaria com números muito interessantes. Demonstra ter capacidade técnica para fugir aos seus oponentes como o Freddy fugia das senhoras, na altura bastante roliças. Hoje seriam anorécticas.


Freddy Montero: Innuendo

- Para o Montero guardo a melhor música desta rapaziada. Insinuante, surpreendente e com um travo de espanto a cada acorde (drible) e a cada gancho (remate). Freddy M...ontero, quero fazer-te um filho!!!!!!

Bas Dost: Another one bites the Dust

- O Tio Bas é fã de um bom Rock, por isso dedicamos uma música com um solo de baixo eterno. A fazer Guarda-Redes comer pó desde 2015.


Menções Honrosas (ou nem por isso):

Marcel Keizer: Under Pressure

- Aguenta Dótôr Marcelo! Não somos fáceis, mas somos fieis.

Jovane Cabral: 

- Alguém disse a este rapaz que ele era jogador de futebol. Se ele usasse o cérebro, teria direito ao "We will Rock you". Como é incapaz de o fazer, sugerimos isto:




Picareta Oceano
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domingo, 18 de novembro de 2018

 

"Com este treinador nem sei porque vamos buscar o Keizer..."

A bem e a muito mal, o Sporting lá se vai mantendo na luta em todas as frentes, tal como preconizado pelo seu ex-treinador, capitão marítimo e historiador mitológico, José Peseiro.

Já a crítica desportiva "científica", na qual este blog literalmente não entra mas arranha - como Battaglia arranha a bola - tinha alertado para o rumo sem nexo mas divino da equipa ao leme do capitão Peseiro. Tal e qual como as naus que saíram de Lisboa em direção à Índia há mais de 500 anos e acabaram por abarcar noutras paragens do outro lado do mundo. Pena terá sido que o capitão Peseiro infelizmente não passou do Cabo da Roca, situado perto de Azóia, isto é, muito perto de Lisboa.. "Bem bom!", diz Cintra após beber uma cerveja Cristal de 2005.

Após o seu despedimento, o qual foi muito repentino e apanhou a opinião pública desprevenida, o Sporting sofreu do efeito mourinho. O efeito mourinho caracteriza-se por uma aura emanada por todos os treinadores interinos, quer eles tenham noção dela ou não, que tem como fim garantir resultados através do futebol menos exigente possível, pois os futebolistas, já fastidiados pelo trabalho ou a falta dele do treinador anterior, não podem apresentar mais.

É, de facto, uma missão agridoce. Por um lado, apresentar um futebol rudimentar. Por outro, ter resultados. Tiago Fernandes, auto-proclamado sabichão da modalidade de jogar à bola, com a sua aura mourinhesca, apresentou resultados. E muito bem, diga-se. Vitória arrancada a ferros contra o Benfica dos Açores e uma violação negada ao Arsenal num jeitoso empate a zeros. Por último, outra vitória com muito suor, sorte e favorecimento à mistura frente ao Chaves com ideias interessantes de Daniel Ramos, sobretudo no plano ofensivo (menção especial para o grande golo de Niltinho).

Varandas a demonstrar trabalho e liderança. Mesmo com Tiago Fernandes a produzir resultados que dada a história recente são excelentes, o presidente, até à pouco aprisionado pelas decisões da comissão de transformação, começa a mexer-se e a contratar staff para impôr a sua visão no clube. Após alguns ex-jogadores fazerem parte da direção técnica, Varandas contrata alguém que respira o futebol total de Cruyff, Marcel Keizer Soze. Porque não o novo Mourinho? Passo a explicar o raciocínio.

O novo carecão do Sporting, embora com um currículo parco em conquistas, apresenta ideias modernas para um tipo de futebol espetáculo que há muito se anseia em Alvalade. É claro que vir do Al-Jazira, tal como o saudoso Vercauteren, não inspira muita confiança por parte dos mais céticos mas é apenas uma reação normal à nova reformação política e desportiva deste novo mas com cheiro a velho Sporting, o Varandismo. É dar tempo ao tempo, mas as semelhanças são muitas com os ciclos de regeneração e declínio que assistem ao Sporting há mais de 40 anos.

De Keizer, podemos esperar disciplina e futebol ofensivo, de construção a partir do guarda-redes - não que Renan se evidencie propriamente pelo seu jogo de pés mas Mathieu estará por perto -, com acutilância e imprevisibilidade ofensiva. O jogo interior será beneficiado, embora Keizer não abdique de explorar os espaços nas alas. Falta por saber se aposta em 4-4-2 ou em 4-3-3 mas acredito que será a última pois os laterais do Sporting não apresentam qualidade acima da média, principalmente na ala direita.




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sexta-feira, 16 de novembro de 2018

 

William:Um enorme nojento

Aqui me confesso.

William, enquanto atleta do Sporting, era o meu jogador preferido.

Nunca embarquei nas conversas da lentidão e da incapacidade de ser responsivo na transição defensiva porque tudo o que oferecia com bola era bom demais e, em última análise, altamente incompreendido.

Com a sua saída, perdi alguma vontade de o ver e comecei a detestar ouvir sequer o nome dele.

Mas como estas coisas das desilusões amorosas acabam por passar, era óbvio que tinha que regressar ao Bétis de Sevilha do Quique Setien (Zé Soutien para as pessoas no lado certo da fronteira).





Um futebol feito de coragem, de colectivo, de qualidade e de ideais.

E como que por magia voltei a apaixonar-me por William, o trato da bola, a capacidade de ver aquele passe que só mais 2 ou 3 no mundo vêm fazem deste traidor um jogador praticamente ímpar.

Este enorme jogador tem um siamês em campo, na pessoa de Giovanni Lo Celso, com quem faz uma sociedade em campo que é um jogo à parte dentro do próprio jogo.

Juntos fazem do Bétis uma equipa acima daquilo que, à priori, os seus jogadores indicariam ser possível.


O Futuro levar-te-à para a o City, onde serás coroado o Rei dos traidores nojentos.


Picareta Oceano


PS: Vídeo Roubado ao Lateral Esquerdo.






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segunda-feira, 12 de novembro de 2018

 

A viagem a Tondela em modo tweet.

Como só pude ir vendo o jogo a espaços, aqui segue o comentário em modo tweet.


– Foda-se, quando me queixava do número de golos pela direita não estava a pedir igual número pela esquerda. #geringonca

– CHUPEM LÍRICOS! Cruzamento para #Pistolas e bola lá dentro.

– Mas... Caralho! Este gajo aflito das costas rende mais que os outros três?

– FODA-SE MARQUEM UM, CARALHO!

– VOCÊS NÃO! VOCÊS NÃO! VOCÊS NÃO!

– Oh foda-se isto agora contra dez vai ser pior.

– E lá vamos nós entrar em modo churrasco! Dou mais dez minutos até meter o terceiro avançado. #CarneTodaNoAssador

– FODA-SE COMO É POSSÍVEL COM MAIS UM AINDA ESTARMOS QUASE A MAMAR UM GOLO?!

– GOLOOOOOO CARALHO, MARCÁMOS, GOLOOOOOOOOO!!!!! 

– Linhas recuadas e tudo na área em 3, 2, 1...

– Foda-se, recuem caralho, não percam a bola seus coxos, como é possível estes gajos com menos um terem mais e melhores ocasiões do que quando tinham todos?

– GOLOOOOOO!!!!! É ISSO É ENGANÁ-LOS E MATAR A SEGUIR.

– Dois golos com jogadas de futebol, isto hoje dá para tudo. É só imaginar isto sem ser num lamaçal e com jogadores de futebol.

– Olha vai entrar o Ziv. Alguém que lhe meça a temperatura que deve estar com febres alucinatórias.

– Olha e o Samaris, isto deve estar ganho.

– Caralho, com mais em dois em campo e mesmo assim ainda nos expomos a ser desmontados como um Punto numa garagem da Reboleira?
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quinta-feira, 8 de novembro de 2018

 

É pagar e não bufar, ou como Rui Vitória já se está a cagar.

Desde o momento em que saiu o onze titular que qualquer Benfiquista percebeu que Rui Vitória não quer mais estar onde está, mas o cheque ao fim do mês é demasiado bom para tomar a atitude de ir pelo seu próprio pé. Compreende-se, face à campanha orquestrada pela administração para que ele se vá. Compreende-se, porque ao longo de dez longos anos, pelo menos, que os treinadores do Benfica são entregues à sua sorte quando as coisas correm mal. Não se compreende no entanto de alguém que afirma ser tão honrado e blá blá blá valores e cenas. Não que os valores não contem, contam muito e no lugar de Rui Vitória eu também os quereria receber todos!

No aspecto das escolhas, vemos Félix que passou da bancada para titular regressar à bancada. Zivkovic faz-lhe companhia, porque há quem defenda que a  qualidade deve estar junta. Um amigo comentava a táctica e avançava que o mais provável seria o Benfica alinhar em 4-5----------1. Assim mesmo, com muito espaço entre todos e Jonas. De que outra forma poderia Rui Carlos mostrar que Jonas não serve?

Ora bem, os mais pessimistas não viram os seus medos materializados e até os mais optimistas pensaram que aqui estaria uma boa noite para esfregarem qualquer coisa na cara dos primeiros. Não que o jogo tenha começado bem. O primeiro balão para a frente sem critério acontece num pedido de bola para Sálvio aos 2 segundos de jogo, naquele que terá sido o segundo ou o terceiro toque na bola por um jogador do Benfica. Para aqueles que ainda não perceberam o desfecho desta jogada de laboratório, o Benfica consegue a primeira perda da posse bola aos 5 segundos. Esta jogada não seria no entanto ilustrativa de tudo o que o Benfica faria. Pode-se mesmo dizer que o Benfica passou o primeiro quarto de hora a tentar jogar à bola. Vá os primeiros 10 minutos... Não a sério, até houve uma jogada em que Sálvio no meio assiste Cervi numa abertura pela esquerda para um bom remate do Argentino mais novo. 


Chupa Fernando! Com que então extremos Argentinos e o caralho?!, diz o mais vieirista dos vitalistas.
Calma, respondo eu, o jogo ainda nem leva 10 minutos...


A inclusão de Jonas na equipa, as incursões de Grimaldo pela esquerda e um Fejsa em modo pitbull e um Rúben Dias que deve ter mamado uma caixa de calmantes garantem que o Ajax tem dificuldades com que não contava em progredir no terreno. Cervi está em modo carraça e faz que trava as saídas pela direita do Ajax. Faz que trava porque o máximo que consegue é obrigar a equipa do Ajax a fazer mais uma tabela no seu caminho para o meio campo do Benfica. Parece que isto de progredir em posse é uma coisa com potencial... O que é um Fejsa em modo pitbull? Pensem Samaris com carrapito e melhor tempo de entrada.

Melhor tempo de entrada?

Sim pá, o Fejsa não precisa de ceifar pernas porque tira os gajos da jogada com o peito, de uma forma faltosa que um árbitro mais que simpático prefere encarar como "ganhou a posição".


Passamos a barreira dos 10 minutos e ainda não houve um cruzamento sem critério para um cacho de jogadores, daqueles muito típicos em equipas com o  Vitória (alguém pode confirmar que se é um recorde?), Sálvio por sua vez já conseguiu perder 4 vezes (ou perto disso) a bola, naquelas jogadas de ruptura muito dele em que se enfia no meio de três adversários e depois fica sem saber o que fazer. Teve um bom passe, aquele para o Cervi de que já falei e que servirá para Rui Vitalis justificar a sua permanência no onze titular por mais dois meses, a menos que a lesão seja grave e nos poupe ao martírio de ter de o aturar.

Passados os dez minutos o Benfica assume a sua dimensão de equipa pequena, recua linhas, passa a bombardear bolas, apesar de alguém se ter esquecido de passar essa mensagem a Vlachodimos que, por duas vezes, tenta que a equipa saia a jogar de trás e com bola, atitude que surpreende até os colegas de equipa que pensavam estar ali para um jogo de futevólei. Exemplo paradigmático? Jardel tem uma bola, não tem pressão nem adversários por perto, toca para Fejsa, metro e meio ao lado, Fejsa manda balão para a direita, onde Sálvio toscamente nem toca na bola que fica ao dispôr de Tagliafico. É pior visto do que descrito...

O Ajax vai controlando os acontecimentos, sendo incrível a forma como apesar de terem desvantagem númérica numa dada zona do terreno, têm sempre vantagem numérica em torno da bola, o Benfica tenta saídas rápidas, que só surtem efeito quando pela esquerda, onde Grimaldo chora por Rafa, no banco, mas com Cervi a esforçar-se por reatar uma relação passada, até que, num momento de pressão estranhamente alta o guarda-redes do Ajax tenta fazer uma finta Cruyffiana sobre Jonas, quase perde a bola para o lesionado Brasileiro, dá um lançamento lateral e tem uma saída à Roberto deixando Jonas com a bola nos pés e um grande dilema: marcar ou marcar? Felizmente marcou!

O Benfica, no momento em que menos fazia por isso apanha-se em vantagem no marcador. Em solidariedade com o momento mais nervoso de Onana, a equipa enerva-se e perde critério. O jogo entra em modo ping-pong e nenhuma equipa até ao intervalo vai ser capaz de equilibrar a partida a seu favor. Seria talvez justo dizer que ao golo se seguiu o melhor período do Benfica. Mas um jogo partido de bola para um lado, bola para o outro, com o Ajax a tentar, mas a não conseguir, entrar na área encarnada e o Benfica apostado em somar milhas aéreas com balões na frente, dificilmente se pode rotular de bom. O lance mais ilustrativo da forma como o Benfica "controla" a partida é uma recuperação de bola que dá transição rápida, Cervi combina com Grimaldo que deixa a defesa do Ajax para trás, cruza atrasado para a entrada da área onde está... NINGUÉM! Grimaldo cruzou exactamente para o espaço entre as duas linhas do Benfica. Estariam uns 5 jogadores alinhados em frente à bola e, numa distância em tudo idêntica, 4 alinhados atrás dela! Se esta situação, repetida jogo após jogo após jogo, não demonstra um trabalho de excelência no campo de treinos não sei o que demonstrará! Antes do intervalo Sálvio ainda tem uma entorse, mas mantém-se em campo, o que faz sentido: a sua melhor contribuição acontecera com as mãos e essas não estavam lesionadas, e o Ajax ia marcando num livre directo, estupidamente cedido por Jardel, mas uma brilhante intervenção de VACAdimos impede o golo do empate (bem o grego a defender o livre num primeiro momento, bem a vaca benfiquista a impedir que a recarga entrasse).

Se até agora não se falou de Gabriel é porque os erros e perdas de bola não foram muito graves. Se não se falou de Gedson é porque se defensivamente não acrescenta, ofensivamente teve alguma combinações interessantes quando descaído para o lado esquerdo. Na direita no entanto foi de uma nulidade completa, sendo incapaz até de receber a bola. Jardel está nesta fase a beneficiar de um árbitro bem simpático, para os dois lados de resto, que aquele placagem ao Jonas...

Por motivos biológicos que não adianta escalpelizar, comecei só a ver a segunda parte ao minuto 51. Quando me preparava para elogiar a forma como Sálvio estava com muito mais critério e rápido com bola percebi que afinal não era Sálvio era Rafa. O que de resto fazia sentido! Por momentos cheguei a pensar que Rui Vitalis quisesse genuinamente ganhar o jogo marcando mais um ou, loucura, dois golos. Nada mais errado. A equipa estava recuadíssima, a defender em número e sem critério e o Ajax começava a desenhar jogada atrás de jogada. A falta de critério de alguns dos seus elementos mais preponderantes fora corrigida ao intervalo, lateralizavam menos o jogo e com isso punham Gedson, Gabriel e Fejsa mais à prova. Que é uma forma de dizer, passavam por ali como se estivessem a passear no Vondelpark num dia de sol. André Almeida começa entretanto a perder a moral ganha na primeira parte e começa jogada atrás de jogada a ser tão eficaz em parar o ataque do Ajax como um seixo em parar um rio.

Só os mais alucinados dos vitalistas podem dizer que o golo do Ajax vem contracorrente. Não caros amigos, aquilo esteve a ser criado desde o intervalo pelo menos. E com a saída, por incapacidade física de Jonas, só ficou mais perto de acontecer. Só em sonhos Seferovic dá o critério, a atacar e a defender, do brasileiro. Junte-se a isso a incapacidade da equipa do Benfica em reagir à perda, que tão em voga tem estado, e que teve o seu ponto alto num lance em que se permite que a defesa do Ajax progrida com a bola recuperada, consiga colocar num jogador que não tem ninguém por perto num raio de 4 metros (dá perto de 50 metros quadrados vazios) que por sua vez tem tempo para receber, enquadrar-se e meter uma bola na profundidade para o em breve marcador passar calmamente pela defesa do Benfica, ultrapassar Vlachodimos e atirar a bola para o fundo das redes.

Até chegarem reforços, na forma de Pizzi, não mais o Benfica conseguiu esboçar qualquer coisa que se assemelhasse a perigo. Mais, ainda conseguiu sofrer mais uns calafrios e só valeu a falta de pontaria e hesitações no momento do remate. Com Pizzi o Benfica conseguiu no entanto ganhar metros. De que forma? Bom, Pizzi é menos adepto do chutão na frente, Rafa estava ali e qualquer coisa de criteriosa só por ali. Via-se no entanto que Rafa chorava não ter apanhado um avançado criterioso, tal a forma como as jogadas que construia iam sendo desfeitas por inépcia alheia. Leia-se Seferovic mal posicionado e com uma leitura de jogo de amador. Gabriel, que até aqui tinha sido peso morto acordou e começou a participar no jogo. Fejsa aumentou a agressividade e começou a bater em tudo o que mexesse, o que deve no mínimo ter intimidado alguns jogadores e Jardel consegue um amarelo escusado, estúpido e idiota que o deixa de fora do jogo de Munique. Muito bem capitão!

Rui Vitória pode dizer o que quiser. O último lance da partida, em mais um momento ping-pong, é de facto a ilustração do que é o Benfica com ele: momentos de inspiração individual que podem resultar, sem sentido colectivo, sem fio de jogo, sem uma ideia. Uma equipa que depende de Jonas para ter sentido, não é equipa. E Rui Vitória em vez de vilipendiar o Brasileiro devia dar-lhe muito mimo e agradecer. Sem Jonas, ou outro cérebro, Rui Vitória fica exposto como o treinador de equipa pequena, com mentalidade de pequena equipa que sempre foi. E se acha que ainda não percebemos que já só está à espera do dinheiro da indemnização, já percebemos e até compreendemos, afinal não é o primeiro treinador deixado sozinho pela "super-estrutura" e, como bom chefe de família, sabe que as contas não se pagam sozinhas. Em particular o gasóleo para voltas a rotundas em Alverca...

+

+ Jonas. O cérebro da equipa a ligar o meio campo ao ataque. Sempre disposto a combinar, a dar linhas de passe, a trocar a bola em tabelas que desmontavam a organização adversária. Há um lance emblemático em que, nas trocas constantes que o lado esquerdo proporcionava, descai para fazer de Cervi, desmonta a pressão do Ajax e mete redondinha para Jonas no meio. O problema é que Jonas não pode meter para Jonas. Meteu para Sálvio e o extremo com muito golo, não percebendo a jogada, chega fora de tempo. Mesmo lesionado, há um antes de Jonas e um depois de Jonas. Como está lesionado o fulgor não é o de outrora. Que seja mesmo assim o cérebro da equipa é um elogio à sua capacidade futebolística e um insulto à gestão do clube.

+ Cervi. Está lentamente a tornar-se o Sálvio da Direita, mas ontem fez um intervalo nessa salvização. Com uma exibição mais de coragem do que razão, mesmo assim procurou combinar com Grimaldo e o médio de estivesse do seu lado. Procurou estar por fora quando o defesa ia por dentro, procurou estar por dentro quando o defesa ia por fora. Procurou incomodar a construção do Ajax. Falta-lhe capacidade de decisão, mas mostrou que tem de se contar com a sua disponibilidade.

+ Grimaldo. O perigo que o Benfica criou, por Grimaldo começou. Depois de um jogo a ver dois golos serem criados na sua zona de acção, revoltou-se e fechou as portas do corredor. O Ajax ainda tentou, mas por entre Grimaldo, Cervi e um Fejsa em modo Pitbull, por ali não entrou. E se o adversário não entrou, muitas foram as vezes em que só em alívios desconexos ou faltas a construção foi parada. Combinou bem com Gedson, Cervi e Jonas para trazer a bola para a frente.

– Jardel. Depois da expulsão frente ao Moreirense, que o deve afastar um ou dois jogos, agora um amarelo escusado, por uma falta que só se torna necessária dada a sua inépcia em ler o jogo e controlar uma bola e que o afasta do próximo jogo da Champions. Dois a três jogos de castigo em menos de 180 minutos é obra. Tem sido uma vergonha como capitão, sendo mais um foco de descontrolo, oferecendo muitas faltas escusadas, nomeadamente aquela do livre da Vacadimos. Se ele não quer jogar, façam-lhe o favor e mandem-no para a bancada. Pelo que se viu até agora Conti é muito melhor e Lema tem mais vontade.

– Sálvio. Foi anedota ser titular e, não fora um passe nos primeiros cinco minutos e o lançamento lateral que dá o golo, ninguém daria pela sua falta. Juro que me pareceu ver uns defesas do Ajax a rirem-se depois de lhe fecharem o cerco pela 934987ª vez antes de ele lhes colocar a bola jogável nos pés. Quem gosta de futebol e do Benfica espera que a lesão o atire para gestor da conta de Insta do clube por um mês ou dois...

– Fejsa. Um cão enraivecido no meio campo benfiquista. Só que no mau sentido! Não tem metade do critério a que nos habituou e não fora conseguir fazer com o peito aquilo que o Samaris faz com uma tesoura, dificilmente poderia ser titular. À medida que o futebol evolui fica progressivamente mais difícil justificar a sua existência numa equipa que diz querer ser campeã nacional.
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terça-feira, 6 de novembro de 2018

 

Quero ser o Tardelli



"que golo caralho"

"oh, este burro tira a camisola, vais comer amarelo catano!"

"epa o gajo merecia que o arbitro o aplaudisse, em vez de estar armado em burro a distribuir amarelos"

"oh, são as regras"

"as regras são merda, desde quando é que vivemos num mundo onde o festejar com os adeptos e tirar uma porcaria duma camisola merece castigo?"


Foi  uma conversa destas, ou então completamente diferente, que eu mantive com um amigo durante um jogo do Sporting.

O Futebol não deveria ser um desporto asséptico, bem comportado e urbano.

O Futebol surgiu por uma cisão entre os gentlemen do Rugby e os arruaceiros do Futebol, é fogo, é paixão, é amor incontido.

O Futebol, para lá das tácticas, que são importantes, é espectáculo, é o amor do adepto, a raiva entre amigos num derby Sporting-Benfica, é os repuxos do Benfica-Porto, é o Hattrick do JVP e é o Livre do André Cruz. É tudo isto e muito mais, é tão intenso e apaixonado como um amor tonto de Verão, que se enterra na areia como a contratação do Hanuch.

É revisitar o ídolo todas as semanas, é ser vizinho do Federer e ser um apaixonado, mas incompetente jogador de ténis.

Deixem os jogadores festejar, tirar as camisolas, os calções e os pitões (tinha que rimar...), deixem-nos vir ter com os adeptos, saltar as vedações e festejar connosco (Varandas, fecha o fosso).



Deixem-me ser o Tardelli por dois minutos.


Picareta Oceano
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sábado, 3 de novembro de 2018

 

A gestão do plantel de acordo com Rui Vitória

Os mais precipitados acharão que escrevo este post a tempo de ele fazer sentido. Sendo um post sobre gerir o plantel, o sentido será ele ter uma aplicação real e não ser o epitáfio da carreira de alguém. Os mais precipitados acreditam que o Presidente do Benfica se move por uma qualquer lógica que não a lógica empresarial do pneu recauchutado, do sócio dos três grandes e da Faculdade de Gestão de Clubes da Torre das Antas, que ele anos a fio frequentou.

Não se trata de nenhum epitáfio, trata-se de um olhar à forma como Rui Vitória tem lidado, em tempos de vacas magras, com a gestão do plantel. E é apropriado que se comece hoje, em que Varela foi para o banco.

Varela foi, após uns tremeliques, dele e de quem o escolhe, o guarda-redes titular na época passada. Teve um lance infeliz no Bessa, que o condicionou bastante junto da opinião da Luz, mas Rui Vitória logo veio em seu auxílio, lançando Svilar num jogo na Luz frente ao Manchester United. Era um jogo, como veríamos mais tarde, para cumprir calendário, que se sucedia a duas derrotas na Champions, a segunda das quais a pior humilhação europeia da história do clube. Se eu não vi o jogo de Vigo? Claro que vi e aquele Celta tinha qualidade com que o Basileia só pode sonhar! Logo aqui percebemos que Rui Vitória tem uma sensibilidade muito peculiar. Não só passa um bonito atestado de incompetência ao seu titular como ainda queima o suplente! Eu sei que todos queríamos um Júlio César em condições, mas... Esperem o treino não é o mais importante, portanto o mas não faria sentido.

A lateral direita conta hoje com André Almeida. O homem do vudu, como há quem lhe chame, foi tapando as indisponibilidades de Nélson Semedo nos anos em que Vitória chegou ao fim com campeonatos ganhos. Quando foi vendido, ainda em Janeiro, mas com efeitos apenas no Verão, o Benfica moveu-se e foi buscar um alumni da sua formação, de seu nome Pedro Pereira. Rui Vitória demorou mais de seis meses a perceber que ele não servia. Seis meses em que jogou menos de jogo e meio, que rodou zero minutos na equipa B e que treinou diariamente com o plantel. Aliás, mais de seis meses porque ainda fez uma pré-temporada que, não sendo perfeita, não foi nenhum descalabro. E aqueles que acharam que tinha sido, por terem ainda Nelsinho na cabeça, quando viram aquele emprestado do Barça chamado Douglas soltaram um rotundo 'foda-se, como é possível!?'. Felizmente Douglas jogou pouco. Ou demasiado, caso pensem como eu, mas mostrou que a gestão daquele dossier é feita com os calcanhares. 

Este ano foi-se buscar Ebuehi a um clube de segunda categoria na Eredivisie que, ainda antes de treinar pelo clube já se tinha lesionado e, depois de recuperar da primeira, contrai uma lesão bem grave. Corchia, o eleito para substituir Ebuehi, surpresa, lesiona-se. Já recuperou, fez um jogo simpático com o Sertanense, mas agora voltou à bancada. Como o flanco direito é a principal fonte de golos sofridos, claramente não há aqui necessidade de melhorar nada. Nem ao nível de qualidade individual, já que só Almeida serve e tem brilhado como um buraco no negro no espaço astral, nem ao nível do treino, que como se sabe, não é o mais importante.

Flanco direito implica falar de Sálvio. Já não tenho palavras para descrever o quão inadequado este jogador é ao que o Benfica precisa. Quiçá a coisa vai bem atrás, ainda ao consulado do antecessor de Rui Vitalis, onde o Argentino terá comprado um Red Pass Relvado que o obriga a fazer ene minutos por época. Rui Vitalis, acredita que com um jogador que faz a bola chorar só de saber que vai na direcção dele é que aquilo se resolve. Como bom Ribatejano, Rui Vitória acredita na valia de um animal que corre a toda a brida com os cornos no chão. Só assim se percebe a insistência em Sálvio. Porque é que eu trago isso à baila na noite em que Sálvio não foi titular? Porque essa noite deveria ter acontecido todos os jogos desde o início da época (para não ir mais atrás). Que Sálvio tenha sido titular em Belém é o pináculo do lesa futebol que a gestão de activos desta equipa comporta. Imaginem que vão para o trabalho, há um bónus em jogo e vocês dão o litro depois chega aquele merdas que há em todos o lado, estraga o que a equipa fez, obriga todos a fazerem horas extra e no fim é ele quem leva o bónus. O bónus é a titularidade. Vocês são o Rafa, o Ziv, o Félix, até, acho eu, o Ola John. O merdas é o Sálvio. 

Que Félix vá do banco em Amsterdão, para a bancada em Belém, para titular hoje é outro exemplo do desnorte que por ali vai. A escolhas de Rui Vitalis movem-se menos por uma lógica qualquer do que se quer dar à equipa ao nível do jogo e mais por uma lógica qualquer de panem et circencis, dar ao povo o que o povo quer. Ai a situação apertou? Então é meter o puto lá para dentro. Mesmo que acabe a jogar a lateral. Não é de resto o primeiro treinador que mete um promissor atacante a lateral esquerdo...

E que faz neste plantel Zivkovic? É o suplente de serviço. De proscrito o ano passado a peça fundamental na luta perdida pelo título a novamente proscrito este ano, tudo nele mostra que Rui Rotundas não faz a mínima ideia do que fazer com um jogador de qualidade. Valha-nos a coerência de o colocar sempre no banco.

Falar da gestão inenarrável dos pontas de lança causa-me dor física e portanto vou tocar-lhe só ao de leve. Digamos que é Rui Vitalis quem rebenta com Jonas o ano passado, lhe passa uma guia de marcha só anulada pelo Presimente quando lhe cheirou a motim, e que depois o mantém quieto no banco enquanto sofremos a ver a equipa desligada. O Benfica criou mais no Jamor nos primeiros quinze minutos de Jonas do que na primeira parte toda. Jonas em campo, mesmo sem tocar na bola, faz a equipa jogar melhor. Com o cu apertado lá saltou Jonas para titular hoje. E Seferovic? Para a bancada, o lugar natural de quem há mês e meio é titular.

Rui Vitória, ou Vitalis, ou Rotundas, acredita muito nas artes do oculto, nas voltas à rotunda de Alverca e em bebericar água. Só não acredita naquele ditado que ter sorte dá muito trabalho. E deveria começar pelos treinos e por valorizar as pessoas com quem trabalha. Com jogadores que passam de titulares para não convocados (Seferovic, Conti, Gabriel, Varela), de não convocados para titulares (Félix, Lema), que vão ao banco e nada do que façam lhes dá a titularidade (Zivkovic) e que de um ano para o outro passam de titulares a proscritos (Jonas, Varela), há aqui muito pano para desfiar a respeito das reais capacidades de Rui Vitória em gerir o balneário. E o facto de não haver um só defesa central que queira fazer dois jogos consecutivos a titular também deveria dar que pensar.

Quanto ao jogo de hoje, vi a primeira parte e bochechos da segunda. O jogo que vi foi aquele entre uma equipa organizada, o Moreirense, e uma equipa entregue à sua sorte, o Benfica. Este Benfica de hoje levaria na boca até de um grupo de adeptos embriagados escolhido aleatoriamente das bancadas. Vi Vigo até ao fim e isto dói-me mais. As avaliações abaixo são imbuídas de um espírito nada crítico, totalmente alheado do jogo na segunda parte e do mais profundo sentimento que o Benfica é maior e mais perene do que aqueles que lá trabalham.

+


+ Público que não se foi embora. Parabéns. Ou pagaram bilhete ou receberam um #OKOKOK do Vieira e aguentaram estoicamente aquele tempo todo. Estou solidário com vocês.

+ Jonas. Melhor avançado, médio e extremo do Benfica. Se jogasse a central seria provavelmente o melhor também, dada a inépcia dos que lá estiveram.

+ Félix. Bem na jogada do golo, bem em alguns lances a seguir, mal a fechar o corredor, não merecia o castigo de acabar a jogar a lateral esquerdo e ainda menos o de ser trocado por Cervi. Mantenho que com ele, Rafa e Ziv na equipa não há motivos para o Benfica alinhar com extremos Argentinos a titulares. Só que eu acho que o treino é importante.


– Defesa Benfiquista. Ide-vos foder os quatro. Até tu Grimaldo que não percebeste que tinhas um puto e tinhas de o orientar quando te decides desorientar. E Jardel, se não aparecer aí um pedido de desculpas pelo teu gesto, és um merdas que espero não ver tão cedo com o Manto Sagrado. Rúben pareceu bom hoje, mas é comido em dois dos golos. Parece bom porque os outros estiveram realmente mal! André Almeida precisa de férias porque há dois anos que joga sem parar. Tem mais minutos do que qualquer Guarda-Redes e isso explica imenso.

– Fejsa. Há três anos que precisamos de alguém que faça de Fejsa para Fejsa poder descansar. A tenebrosa transição defensiva do Benfica tem um culpado e esse culpado é Fejsa. Talvez por culpa dele  porque andou aqui anos a remendar buracos ao ponto de pensarmos que era um Deus omnipresente e agora é só erros de amador. Os Deuses cansam-se e os mortais sofrem com isso. Dei por mim a pedir um Alfa Mete-medo, ou um Gedson. Para ter alguém que chega tarde e a más horas, até o Samaris servia e este sempre aviava uns dos os outros. Fejsa tem de descansar. Ou isso ou a equipa tem de começar a treinar.

– Rui Vitória. O nosso Vitalis Rotundis perdeu o balneário. Quanto mais depressa assumir que não sabe para mais, melhor. Quanto mais depressa quiser ser honrado e sair pelo próprio pé, melhor. O pior é que para ele honra é receber a choruda indemnização que um Presimente nunca lhe pagará. Félix a lateral esquerdo está ao nível de Bernardo a lateral esquerdo. Sálvio e Cervi em campo quando se pede critério e inteligência para desmontar uma defesa cerrada, é uma anedota. Voltou a levar uma lição, a terceira consecutiva, do que acontece quando se trabalha nos treinos e se tem um plano. Ele também terá um plano, o de destronar Mourinho como o Indemnizado Implacável. Só não resultará se o Presimente não quiser.
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sexta-feira, 2 de novembro de 2018

 

Desastre da Luz!

Uma vergonha! Incrível como se deixa chegar a este ponto, e o problema é que há 4 anos que se vê isto, mas os jogadores e a confiança foram mascarando muita coisa.

Hoje foi mais um exemplo da incompetência de Rui Vitória como treinador de futebol. Uma equipa com um ataque posicional horrível, com os jogadores muito afastados, o que depois tem impacto na transição defensiva(péssima por sinal). E Rui Vitória até escolheu um 11 com jogadores de futebol, mais do que costuma escolher, e vimos os 2 melhores a brilhar e a criar o golo do Benfica e a dar sinais de que podia ser um bom jogo, mas começou tudo a desmoronar-se, a perderem-se bolas sucessivas por falta de apoio, jogadores a passo a recuperar entre muitas outras coisas que pela azia em que estou nem me quero lembrar. 

Eu como Benfiquista queria acordar amanhã com a notícia que já não tenho um incompetente à frente do futebol da minha equipa mas, sabendo o que a casa gasta, provavelmente irá durar mais um jogo, e se por obra de Deus, o Benfica ganhar, vai ficar até ao Natal.
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Sporting: Que treinador queremos?

Caros leitores,

Parece-nos óbvio que foi o facto de termos dito 100x "Peseiro Rua" que precipitou a queda do tauromáquico. 

Parabéns a nós, com excepção do Picareta Robocop, Marega e Vitalis, companheiros escribas deste blog que fizeram uma corrente para que o PZero se mantivesse, mas isso são questões que iremos resolver internamente (alguém tem o número das urgências do Amadora-Sintra?).

Posto isto, sabemos que os jornais irão colocar 28375358654 nomes diferentes durante os próximos dias na rota do cargo de treinador.

Mas, na vossa visão, antes de definirmos o nome, parece-nos mais importante perceber que tipo de treinador queremos.

O Sporting, como qualquer clube/associação/agregado familiar Português, está sempre à beira da rotura financeira.

Isto tem coisas más, como a impossibilidade de investir com o mesmo fulgor dos outros clubes da mesma gama Europeia, mas tem a vantagem de nos manter sempre em carne viva, com os sentidos em alerta e prontos a reagir a qualquer adversidade. Isto é ser do Sporting, para o bem e para o mal. Não há tempo para aburguesamentos.

Assim sendo, o único caminho para a felicidade é o caminho do bom futebol, o caminho que valorize o jogo e os jogadores, mesmo que isso não se traduza, no imediato, em bons resultados.

Apesar de Conceição ter dado o título ao Porto jogando um futebol directo, de constantes duelos, sem ponta de criatividade ou de envolvimento colectivo, o caminho a seguir não é esse, porque, no médio/longo prazo, é um projecto esgotado, em termos tácticos e até na capacidade de mobilizar/motivar os jogadores, porque o caminho para a vitória não é o do bem jogar, antes o de explorar psicologicamente os jogadores até à exaustão, como se o futebol fosse uma soma aritmética de combates entre os 22 jogadores em campo.

O que se pretende é um Sporting dominador, corajoso, que não tenha medo de arriscar, colectivo e aprazível.

Futuro treinador do Sporting:

- Temos tanta qualidade nas camadas jovens, não tenha medo, ponha-a em campo;
- Despache o entulho que enche o plantel principal, de Battaglia a Misic, de Jefferson a André Pinto;
- Dê, sempre, a primazia ao talento. Esqueça os corpos avantajados, os 100 metros feitos em 10 segundos. Quem é que trata a redondinha em condições? É esse que tem que entrar;
- Divirta o público, dê qualidade ofensiva à equipa, mesmo que possa perder alguns jogos, vai ganhar o coração dos adeptos (sim, sou um bocado lírico, e depois?).

Ainda não dei nenhum nome, mas há vários que poderiam ser opções, de Miguel Cardoso a Paulo Sousa, de Hasenhutll a Wenger (o meu preferido, com franqueza, tenho gostos caros).

Não apostem num treinador de "raça, atitude e dentes cerrados", acreditem em alguém que nos dê prazer, porque isto é apenas um jogo.

Picareta Oceano
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quinta-feira, 1 de novembro de 2018